terça-feira, 26 de julho de 2011

Obrigado Região de Rio Maior!

(clique sobre a imagem para ampliar...caso queira, claro)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Triatlo de Abrantes | 24 de Julho de 2011..ou não!


Afinal...não!

O corpo e a mente pedem descanso, praia, convívio e gastronomia.

Mas novos objectivos já estão traçados até ao final da época de 2011...e para 2012, também.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que o desporto nos deve ensinar

As medalhas, os troféus e os prémios monetários conquistados, são a parte material e a consequência natural e regulamentar de uma classificação obtida.

Nesta fase do meu percurso desportivo de competição, com 25 anos de duração, os referidos bens materiais, são o que menos valorizo após cada performance desportiva bem sucedida.

A verdadeira e mais forte conquista, é saber que o corpo e a mente ainda são capazes de produzir prestações interessantes, não importa a idade, nem a classificação final.

Após muito trabalho e esforço, é concluir uma tarefa árdua, ao chegar à linha de meta, e sentir a enorme satisfação de realização pessoal e dever cumprido.

E quando não se consegue?

Tenta-se outra vez!

domingo, 17 de julho de 2011

Vice-Campeão Nacional de Duatlo do Escalão 35-39 anos


DUATLO DE OURÉM

CAMPEONATO NACIONAL DE DUATLO - GRUPOS DE IDADE

VICE-CAMPEÃO NACIONAL NO GRUPO DE IDADE DOS 35 AOS 39 ANOS

(Sport União Colarense)


Exactamente uma semana após o IRONMAN Switzerland, participei no Duatlo de Ourém, precisamente por ser uma prova de Campeonato Nacional por Grupos de Idade.

Não queria perder a oportunidade de, pelo menos, tentar uma boa classificação final. Se O IRONMAN não me correu tão bem como seria desejável, sem dúvida, o Duatlo de Ourém correu bem melhor que o esperado.

Num dia solarengo, mas muito ventoso, juntamente com cerca de 170 participantes, alinhei à partida da prova na dúvida se estaria em condições para competir em intensidades de esforço tão elevadas, e que bem caracterizam estes duatlos na distância sprinte, ou seja, 5 km de corrida, seguidos de 20 km em bicicleta, e finalizando com mais 2,5 km de corrida.

Na corrida inicial, procurei abrigar-me do vento, deixando as despesas da corrida para os atletas mais rápidos, e no ciclismo, após uma fase inicial demasiado rápida, num circuito rompe-pernas, a partir da 2ª volta, os veteranos do meu grupo começaram a marcar-se e deixaram-me sozinhos na frente a puxar, na expectativa de apanhar o grupo que seguia 20 segundos à nossa frente. Tal não foi possível, e na corrida final, sem percalços, assegurei o 17º lugar absoluto, 2º do escalão 35-39 anos - em 22 duatletas -, em 1:02:29, atrás de Luís Almeida (3º absoluto) e um pouco à frente de Nuno Patrício.

domingo, 10 de julho de 2011

IRONMAN Switzerland 2011 - Balanço final




Agradecimentos


Os justos e mais que merecidos agradecimentos para a minha família (mulher e filho, pais, irmão, avó) pela colaboração, apoio, tolerância e compreensão - ao longo de tantos anos -, em relação ao treino e à competição, os quais, para mim, são uma necessidade básica. Obrigado! Vocês sabem que vos AMO a todos!

Ao meu treinador de natação, por tentar moldar um calhau, como se de um pedaço de barro se tratasse, muito obrigado pelo tempo, pela paciência e pelo incentivo. Bruno, nós não vamos desistir! Mesmo as pedras mais duras podem ser trabalhadas e apresentar um aspecto aceitável.

Às pessoas, representantes das empresas que me apoiaram e patrocinaram, devo agradecer, além da parte material, a confiança depositada num triatleta amador, que tudo fez para divulgar e promover a imagem das empresas, produtos e serviços. Sem aqueles, a participação na prova teria sido concretizada em condições bem mais difíceis. Tentei com todas as forças, mas lamento não ter conseguido alcançar o objectivo delineado, i.e., tempo final abaixo das 9 horas e 30 minutos.
Introdução

Em 1992, fiquei fascinado e colado a um televisor, em casa de um amigo, a ver o IRONMAN Hawaii. Estava decidido que queria fazer “aquilo”. Em 2004, em Idanha-a-Nova, concretizei o objectivo de percorrer a distância da prova, e de mal preparado que estava, pensei em melhorar o desempenho numa próxima oportunidade. No ano de 2009, aceitei o desafio lançado pelo Hélder Milheiras, para participar no Challenge Roth de 2010. Mais bem preparado, mas não o suficiente, conclui a prova com apenas uma paragem na corrida a pé. Insatisfeito, com o resultado final, em 2011, estava determinado a melhorar substancialmente a performance e, inclusivamente, a tentar obter uma vaga para o IRONMAN Word Championship, em Kona, Hawaii, edição de 2011. Novamente “tentado” pelo Hélder Milheiras, a quem a agradeço a preparação de toda a parte logística (inscrição, alojamento e viagens), fui inscrito em Julho de 2010 e iniciei a preparação da prova em Agosto do mesmo ano.

Resumo

Para os leitores do blogue que apenas procuram o essencial sobre o desempenho desportivo, de forma resumida, apresento os dados cronométricos e uma apreciação da prova:
- Natação (3800 metros): 01:15:35, à velocidade média de 1:59/100m, obtendo o 168º tempo parcial do escalão e 776º absoluto;
- Transição natação-ciclismo: 1:50;
- Ciclismo (181,4 quilómetros): 05:17:53, à velocidade média de 34.1 km/h, obtendo o 35º tempo parcial do escalão e 129º absoluto;
- Transição ciclismo-corrida: 1:57;
- Corrida (42,2 quilómetros): 03:36:41, à velocidade média de 5:08/km, obtendo o 56º tempo parcial no escalão e 228º absoluto;
- Tempo final: 10:13:58;
- 161º lugar absoluto, em quase 2000 triatletas na linha de partida, concluindo a prova 1744 triatletas;
- 41º lugar no escalão 35-39 anos, em 296 triatletas na linha de meta.


Efectivamente, o IRONMAN Switzerland é uma competição fiel à tradição Suiça, ou seja, em bom rigor, as distâncias dos percursos são, no mínimo, os míticos 3,8 km a nadar, 180 km a pedalar e 42,2 km a correr a pé, num só dia e sem paragem de cronómetro. É uma prova com um enquadramento paisagístico muito belo, mas com percursos exigentes, em particular, o de ciclismo. Portanto, não é uma prova aconselhável para quem pretende obter um bom tempo final, mas é altamente recomendável para quem gosta de triturismo.

Falhei de forma clara e inequívoca, o objectivo de obter um tempo final abaixo das 9horas e 30 minutos, bem como, a obtenção da vaga (slot) para Kona 2011. Por este motivo, e só por este motivo apenas, tenho que lamentar e a pedir desculpas aos patrocinadores por não ter alcançado estes dois objectivos.

Fica o aviso, com determinação: desde que garantidas as condições (físicas, mentais e materiais), não vou desistir enquanto não cruzar a linha de meta da prova – génese da modalidade do Triatlo - , situada numa ilha do Oceano Pacífico.

Preparação

Em Agosto de 2010, após inscrever-me e pagar a participação na prova, iniciei contactos para obter apoios e patrocínios, com o objectivo de minimizar os “estragos” no orçamento familiar. Felizmente, para isso trabalhei e fui bem sucedido.

Sendo o desempenho no segmento de natação, a minha grave lacuna, evolui imenso e foi uma escolha acertada a opção Benedita Sport Club Natação (BSCN) e o técnico Bruno Dias. Nas Piscinas Municipais em Benedita, encontrei as condições óptimas que me permitem treinar com orientação técnica especializada e, simultâneamente, na pista ao lado, ver o meu filho a evoluir na Escolinha de Natação do BSCN, com o técnico João Diogo Freitas.

Elaborei o planeamento geral e anual de treinos para a época desportiva de 2011, em função desta prova, ou seja, seria - e foi -, o principal e único pico de forma da época.

A fase de preparação mais específica e exigente, durou cerca de 12 semanas, no decorrer dos meses de Maio, Junho e Julho. Nunca tinha treinado tantas horas por semana, durante tanto tempo. Foi uma experiência interessante, mas com alguns aspectos a rever e melhorar. De facto, consegui cumprir o plano de treinos, e apresentei-me com a minha melhor preparação de sempre para uma para uma prova com as características de um triatlo na distância ironman. O que falhou então? Simples: os adversários também treinaram muito e bem, e forma melhores do que eu. Parabéns para eles!

Civilização helvética

Apenas conheci a cidade de Zurique, mas deduzo que, em todo a Suiça, como civilização, seja sensivelmente idêntica. A limpeza dos espaços públicos, o bom aspecto dos edifícios, o reduzido trânsito automóvel, a utilização frequente de transportes públicos e bicicletas, a beleza do Lago de Zurique, o verde dos campos. Enfim, um país com qualidade de vida, rigoroso e bem organizado. Tão rigoroso que eu e o meu amigo Tiago levámos uma bengalada e uma “malada” de um casal de idosos, que nos barraram o caminho, quando, distraidamente, pedalávamos no passeio.

Comunidade Portuguesa

Foi preciso ir para tão longe, para estar com pessoas da minha aldeia de origem. Mas valeu a pena! O Bruno Mendes foi incansável no apoio que nos deu, desde que chegámos, até partirmos. Inclusivamente, proporcionou-nos uma recepção no Consulado de Portugal. Também o hotel California House é propriedade de um português, o que muito nos facilitou a vida, enquanto estivemos na cidade. É bom ir para um outro país e no meio do trânsito ser cumprimentado por portuguesas, ou no restaurante ser servido por uma “vizinha” de Leiria. Fomos muito bem acolhidos. Somos um povo do mundo!

A organização

Tanto quanto me apercebi, não detectei falhas na organização. Não mimam os participantes como em Roth e poderiam fechar por completo o trânsito automóvel no percurso de ciclismo, mas tendo em conta que a prova é realizada numa cidade como Zurique, só poderá ser um evento extremamente trabalhoso.

Os percursos

a) Natação


No primeiro segmento, os profissionais partiram 5 minutos antes, na areia praia privada do lago. Às 7:00 da manhã (6:00 em Portugal), partiram os cerca de 2000 triatletas, numa confusão de corpos desorientados, em direcção à primeira bóia, que mal se via de tão distante que estava e por se navegar contra o Sol. A primeira volta, mais longa, terminava com saída da água, passagem a pé por uma pequena ilhota e nova entrada na água para a segunda volta, mais curta, mas mais confusa no final, devido às dezenas de triatletas que se aproximavam da saída.

b) Parque de transição

A verificação técnica foi feita com base numa...fotografia, do atleta e da bicicleta e na saída, após a prova, verificavam no computador, para ver se correspondia, e prevenir possíveis gamanços.
Parque simples e eficaz, com um grande corredor central para saídas e entradas e vários corredores, com intervalos de números indicados no seu inicio. Os profissionais e as mulheres amadoras, tinham secções à parte e nem os WC dentro do parque faltavam. As capas em plástico para cobrir as bicicletas durante a noite, também deram muito jeito.

c) Ciclismo

O piso poderia ser bem melhor e o trânsito totalmente cortado, sobretudo na parte inicial, e a altimetria indicada foi inferior à real. A prova parece fácil no início e no gráfico, mas após 28 quilómetros em terreno plano, o percurso torna-se muito trabalhoso, com constante sobe-desce, curva e contracurva e vento frontal, até regressarmos de novo a Zurique. Seguramente, esta prova tem, em termos de subidas principais com muita inclinação, pelo menos 10 quilómetros por volta. Acaba por ser um percurso bonito, mas rompe-pernas, tendo em conta o tipo de prova que se está a disputar.

d) Corrida

Integralmente percorrido dentro da cidade, variando muito o tipo de piso – maioritariamente alcatrão, mas também muita terra batida e um pouco de empedrado -, a prova passa por ruas, avenidas, parques túneis, pontes, zonas desportivas, o que obriga os atletas a curvar e realizar retornos com muita frequência, forçando a constantes desacelerações e acelerações, se bem que em terreno quase sempre plano. O facto de os atletas se cruzarem imensas vezes ao longo do percurso, nas zonas de abastecimento e noutras secções mais estreitas, é preciso realizar alguma corrida em ziguezague para evitar colisões.

Os árbitros

Com a sua camisola “à Portimonense”, cujas letras vermelhas não deixavam margens para dúvidas sobre quem eram e o que estavam ali a fazer, eram às dezenas ao longo dos 3 segmentos. Particularmente no ciclismo, agradou-me ver que ali não existem contemplações em relação aos batoteiros, ao distraídos e aos abusadores da famosa estratégia de puxar à vez nos packs. A mota aproximava-se lentamente dos triatletas, e à distância suficiente para que não fosse audível, o árbitro observava o comportamento dos participantes. Só após verificar que estava tudo dentro dos regulamentos, ou caso contrário, anotava e passava pelos grupos, e, se necessário, aplicava as respectivas sanções. Fiquei feliz por constatar que ali se faz justiça, tal era o número considerável de triatletas nas penalty box e com os dorsais com traço vermelho.

O público

Ao contrário de Roth, com muito público a incentivar os triatletas ao longo dos 3 segmentos, o público de Zurique concentrava-se em zonas específicas, tais como o Heartbreak Hill, nas zonas junto ao lago, em ambas as margens, e em particular no parque, particularmente, junto ao parque de transição e zona de retorno para nova volta e meta. Não tão entusiasta como o público em Roth, não regatearam incentivos aos triatletas em prova.

A paisagem/enquadramento

Do pouco que já fiz, mas do muito que já li e ouvi dizer sobre o enquadramento deste tipo de provas, o IRONMAN Switzerland é seguramente uma das provas com melhor enquadramento e mais belas paisagens. Os preços não são probitivos, mas com algumas estratégias económicas, reduzem bastante os gastos, numa cidade com elevado nível e qualidade de vida.

Triatletas Portugueses

Realçar o facto de todos os triatletas portugueses presentes na prova, terem concluído a mesma. Só por isso, os meus parabéns!

Por ordem classificativa:
- Sérgio Marques, termina em 6º absoluto, em 8:48:02, vindo de um 5º lugar em Nice e a caminho de Frankfurt, no dia 24 de Julho. Vai estar no Hawaii por direito e mérito próprio, e merece toda a sorte do mundo.
- Sérgio Costa, na sua 3ª experiência na distância, faz 78º absoluto e 22º do escalão 35-39 anos. Para quem só jogava ténis e nadava com a cabeça de fora de água no mar, com esta evolução, já lhe falta pouco tempo para garantir a vaga para Kona;
- Tiago Freitas, este amigo, colega de quarto e de equipa, na sua estreia, conclui a prova no lugar 321º absoluto e 57º no escalão 30-34 anos, em 10:42:54. Além de cumprir a promessa feita à sua Mãe, em vida, prova que, com pouco, também se consegue muito, desde que a determinação mande mais que as dores. Se o Tiago puder treinar um pouco mais, bons resultados se podem esperar dele, tal a evolução que o espera;
- Pedro Carvalho, em estreia, conclui a prova em 599º lugar absoluto e 98º do escalão 30-34 anos, em 11:27:35, e não fosse o furo que o fez perder 50 minutos, teria sido uma prova muito boa. Sei que ele já está a pensar na próxima, para se vingar;
- José Nunes, em estreia, conclui a prova no 801º lugar absoluto e 177º do escalão 35-39 anos, em 11:57:56. Prestação muito boa para um estreante nesta distância, a prometer um boa evolução, na próxima participação. Quando será?
- António Cumbre, também em estreia, conclui a prova em 1169º lugar absoluto e 175º do escalão 30-34 anos, em 12:59:59. Quase no limite das 13 horas, com a preparação suficiente, mais um triatleta a prova a teoria de que é possível concluir estes desafios, quando se quer muito;
- Nuno Bernardo, o último dos triatletas portugueses a cruzar a linha de meta, mas para mim, merece o maior destaque. Nunca conheci pessoalmente um triatleta tão mal preparado para enfrentar as exigências de um IRONMAN. Mas após 15:28:40, em 1565º lugar absoluto e 292º do escalão 35-39 anos, o Nuno, após um esforço tremendo e onde se inclui um furo que o fez perder 40 minutos, termina a prova, com a emoção de alguém que salva a vida. Os restantes 7 triatletas cumpriram um objectivo, mas o Nuno, apesar de todas as contrariedades, manteve-se com expectativas positivas e confiante, cumprindo o seu sonho. Parabéns para ti grande maluco, pá!

A delegação portuguesa não se esgota nos participantes. A Rita Correia, o Sérgio Dias e o Pedro Gomes (Krepe) voluntariam-se para colaborar com a organzação e passaram por lá mais horas a ajudar, do que nós a competir. Convenha dizer-se que é um momento único, ter o Krepe a perguntar "Queres uma massa e uns bolinhos?", o Sérgio Dias a servir 2 copos com cola e a Rita a colcocar a toalha sobre os ombros. Por lá estiveram também o Helder Milheiras a incentivar e a dar as suas preciosas dicas e o Vitor Carapelho a dar um aplauso aos tritugas e a fazer uns rgistos fotográficos. Obrigado a todos, pois parecia que estava muito mais próximo de casa.

O meu desempenho desportivo

Sem querer entrar em justificações e desculpas, para o facto de não ter realizado a prova em 9:30, segue-se o que senti ao longo de 10:13:58, no dia 10 de Julho de 2011.

A natação (3800 metros)

Nunca na vida tinha estado numa largada com 2000 triatletas, orientado para o Sol, e isso condicionou a progressão e a navegação, sobretudo a todos os que têm mais dificuldade neste segmento, como é o meu caso. O ritmo de braçada foi constante ao longo de toda a prova, mas notava que a intensidade do esforço era baixa. Após uma primeira volta muito atribulada, na segunda e mais curta das duas voltas, consegui orientar-me melhor e seguir “nos pés” de alguns adversários para poupar energia. Poupei-me tanto que fiz um tempo final vergonhoso, para este segmento.

A primeira transição

Rápido e certeiro, cheguei junto da bicicleta e despi o CAMARO Propulsor num ápice, colocando de seguida todo o material necessário e previamente organizado, onde se inclui os sapatos NORTHWAVE Tribute. Demorei menos de 2 minutos a entrar, trocar de material e sair do parque de transição.

O ciclismo (181,4 quilómetros)

O percurso, no papel, é uma coisa e na realidade, seria bem mais exigente. Já com este receio em mente, na primeira volta, fiz uma espécie de reconhecimento do percurso e acabei por passar poucos adversários, chegando ao início da segunda volta alarmado com a projecção que fiz para o tempo final neste segmento. Nunca descurando a ingestão de líquidos, gel e barras SIS - Science In Sport, a cada 15 minutos, realizei os restantes 90 quilómetros sempre a ultrapassar adversários, mas preocupado em não esgotar as reservas de energia e com cuidado nas partes mais perigosas, não obstante atingir os...82.92 kmh numa das descidas mais inclinadas.

A segunda transição

Novamente, uma transição rápida e sem percalços, durante a qual houve tempo para: descalçar os sapatos NORTHWAVE Tribute, retirar o capacete, colocar creme nos pés, calçar as meias de compressão JUZO e um par de meias normal, calçar os sapatos de corrida, e já em direcção à saída do parque, colocar o boné vermelho de Portugal, bem como o cinto com gel SIS – Science In Sport, tudo em menos de 2 minutos.

A corrida a pé (42,2 quilómetros = Maratona)

Tinha como objectivo para este segmento, concluir os 42,2 kms em 3:15 a 3:20, e por isso saí cauteloso, de modo a tentar perceber o real estado do organismo, particularmente, em termos musculares, ao longo da primeira volta. As sensações iniciais foram boas e olhando para o ritmo de 4:50/km indicado pelo TIMEX Global Trainer, durante 2 voltas, isto é, 21 kms, parecia-me ser possível alcançar o tempo final desejado. No entanto, a partir do quilómetro 25, tornou-se evidente que o treino realizado para esta prova ainda não era suficiente para manter o ritmo inicial, começando então a aplicar o “plano B”, ou seja, minimizar os efeitos da quebra de ritmo, evitando o famoso Thor, mais conhecido por “homem da marreta”. E a melhor forma de evitar que esta tenebrosa personagem me acertasse em cheio, algo que já me aconteceu por dezenas de vezes, foi pensar em que não poderia deitar fora todo o trabalho realizado, sobretudo quando faltava tão pouco para o final. Não seria um final glorioso, mas seria, por certo, um final de cabeça erguida e sensação de dever cumprido. Sempre disse que, se a preparação e o ritmo de prova forem adequados, um ironman só começa a custar muito a partir da segunda metade da maratona. Mesmo em quebra nítida, não parei, não andei e não desisti. Para mim isto foi uma vitória enorme. Minto! Parei 2 vezes nos WC para satisfazer necessidades fisiológicas inadiáveis e insuportáveis.

Conclusão

Não tenho qualquer dúvida sobre os seguinte: 1) das 3 provas em que participei e conclui, na distância ironman, esta foi a mais bem preparada e, longe de ser perfeita, foi a performance mais bem conseguida; 2) tal como a exactidão dos relógios suiços, por ser a prova que realmente tem a distância IRONMAN, o tempo final de 10:13:58, é por mim considerado recorde pessoal.


Vídeos:



Obrigado a todos por acompanharem a prova dos triatletas portugueses.

Obrigado a todos pelo apoio!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

IRONMAN Switzerland 2011: Pronto!

Pela 3ª vez, estou mentalizado e motivado para "pegar de caras" a mítica distância ironman (3.8 kms a nadar, 180 kms a pedalar e 42,2 kms a correr a pé, num só dia e sem paragem de cronómetro) e tentar concluir o desafio, independentemente da classificação e tempo final.Porém, desta vez, a participação no IRONMAN de Zurique, foi planeada e preparada com muito maior rigor, em comparação com as experiências anteirores, desde Setembro de 2010. Se tudo correr como planeado, no mínimo, irei concluir a prova, e só no final do dia 10 de Julho de 2011, irei retirar algumas ilações sobre todo este longo processo de treino.

Fica o Registo Global de Treinos - Época de 2011


Para todas as pessoas que acompanharam, incentivaram e, de alguma forma, me apoiaram, em especial, o meu treinador de natação, a minha família e os clubes e patrocinadores:


MUITO OBRIGADO!



terça-feira, 5 de julho de 2011

Obrigado Mara!

Obrigado por me teres "dado ouvidos", fazendo-me sentir útil. Há tantos que não o fazem...

Boa continuação!

domingo, 3 de julho de 2011

Triatlo de Aveiro | 2 de Julho de 2011 | Balanço

No passado domingo, participei no Triatlo de Aveiro, prova na distância olímpica e a contar para o Campeonato Nacional de Triatlo.Visava sobretudo, fazer um bom treino de ritmo de competição, como teste para o Ironman de Zurique, após várias semanas a treinar progressivamente muitas horas e quilómetros. Por outro lado, também pretendia alcançar uma classificação que me permitisse garantir o acesso à Final do Campeonato Nacional de Triatlo.

Quanto à prova, esta desenrola-se num local bonito e todos os percursos favorecem a visualização da prova. Portanto, para a organização e público, a prova é, sem dúvida, mais fácil de acompanhar. Para os participantes, a perspectiva é diferente.

A natação foi realizada sem fato isotérmico e num belo, mas sujo e fedorento canal da Ria de Aveiro, no qual alguns distraídos aproveitaram para fazer o retorno mais cedo, beneficiando da dificuldade em ajuizar este segmento, e da confusão instalada, para tanto triatleta nadar num espaço com tão pouca largura. Limitei-me a seguir os outros participantes, sem me preocupar muito com a colocação inicial, nem com o ritmo de prova. Não foi mau de todo, o desempenho.

No segmento de ciclismo, a rotina habitual instalou-se e fui recuperando posições até chegar ao meu grupo o veterano Gary Blesson da A.A.C., para partilhar o esforço de rebocar o grupo, mas só até à 4ª de 6 voltas. Além daquele triatleta, tive mais algumas ajudas pontuais para que o meu grupo pudesse alcançar outros grupos na mesma volta. Mas também aqui, o ajuizamento da prova deveria ser mais rigoroso, e encontrar uma forma eficaz de sancionar todos os triatletas que estão com voltas de atraso, mas que seguem durante várias quilómetros no grupo de triatletas mais rápidos e com mais voltas efectuadas. Desta forma, estes triatletas entram em incumprimento com o regulamento da prova e alteram a verdade desportiva, beneficiando claramente do esforço dos triatletas mais rápidos e com voltas de avanço, tornando-se inglório para quem quer cumprir o regulamento e se mantém num grupo apenas com triatletas que rodam na mesma volta. Situação a rever urgentemente!

Na acorrida final, o percurso é praticamente plano e muito bonito e fácil de realizar, dividido em 4 voltas, nas quais, há que ter muito cuidado para não incomodar e atropelar as pessoas que estão a passear ou às compras, e que não se apercebem que estão quase 200 triatletas em prova a correr 10 quilómetros.

Concluindo, apesar destas vicissitudes, no geral, cumpri com tudo o que tinha estabelecido para a prova, diverti-me, não me magoei e ainda tive a oportunidade de conviver com muitos amigos.
Resumo:
1. Natação (1500 metros): 29m24s;
2. Ciclismo (39 quilómetros): 1h04m02s;
3. Atletismo (10,2 quilómetros): 39m28s;
4. Tempo final: 2h14m44s;
5. Classificação final absoluta: 42º lugar absoluto (191 triatletas à partida e 181 triatletas na linha de meta);
6. Classificação final no escalão sénior: 16º lugar (83 triatletas).

Registo de Treinos: Junho de 2011

Bem ou mal feito, o trabalho está pronto. Cumpri o planeamento do mês de Junho de 2011, com poucas falhas e ajustamentos. Se vai resultar ou não, no final do dia 10 de Julho, já terei algumas respostas e conclusões.

Se terei oportunidade para repetir, aperfeiçoar ou melhorar? Não sei! É um processo longo, sofrido, dispendioso, e nem sempre resulta como se deseja.

Ficam os registos e o restante se verá, mais tarde.



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Triatlo de Aveiro | 2 de Julho de 2011

Amanhã, se tudo correr como planeado, será dia de afinar os meus andamentos e não só, no Triatlo de Aveiro, prova a contar para o Campeonato Nacional de Triatlo.

Na corrente temporada, será a minha primeira prova de Triatlo em distância olímpica e posiciona-se, em termos planeamento de treinos, após 4 semanas de muitas horas e muitos quilómetros de treino, tendo em vista o IM Zurique.

Espero que não existam percalços, e que, para além de fazer um bom treino de ritmo de competição, tenha a oportunidade de conseguir uma classificação final que me permita ter acesso à final do Campeonato Nacional.

Boa sorte para todos!