quarta-feira, 31 de março de 2010

Quando um triatleta se prepara para um IRONMAM (3,8 km a nadar, 180 km a pedalar e 42,2 km a correr a pé), nunca pode ter dúvidas se vai conseguir, ou como vai conseguir concluir o desafio. A única dúvida que pode existir é: qual o tempo final.

Pessoalmente, foi isso que sempre me levou a estar num nível superior ao qual se situa a árdua tarefa de preparar uma "diversão" com estas caracterísiticas. Mesmo que não me prepare da forma mais adequada.

Espero que a minha "diversão" de 2010 seja no Challenge-Roth .

Boa sorte para todos os que ousam chegar à linha de meta de uma prova mágica, numa distância mítica!

sábado, 27 de março de 2010

O mistério dos '20 a tudo'

Por FERNANDA CÂNCIO

Tiveram a melhor nota a todas as disciplinas do 12.º ano e ganharam um prémio de cinco mil euros. Lígia, Pedro e Teresa, 18 anos, são exemplos de sucesso escolar. Porquê é que não é fácil explicar

Pense lá: se ouvir dizer que houve vários alunos que tiveram 20 a tudo no 12.º ano, imagina-os como? Óculos grossos, macilentos, tímidos e gaguejantes, carregados de acne e complexos, fechados em casa todo o santo dia à frente do computador e enterrados nos livros, só saindo para ir à biblioteca e à escola, sem saber o que é um bar, quanto mais um concerto ou um shot ou, horror, um charro, sem vida social nem vislumbre de romance. Certo? Errado.

A Teresa, por exemplo. "Marrona, eu? Nunca me vi como tal e nunca ninguém me viu como tal. Nunca houve uma festa a que tenha faltado ou um evento... Sou uma pessoa curiosa - gosto muito dos outros, de me envolver, sou divertida, e acho que sim, acho que sou popular." A rapidez das frases, o tom prazenteiro, o cuidado na escolha dos termos certifica o à-vontade da autodescrição. Sim, Teresa é, ou pelo menos parece, uma rapariga alegre, sem semelhanças com o que reconhece ser "o estereótipo do bom aluno". "Havia a ideia de que era preciso estar muito tempo a estudar, não fazer nada senão estudar. Mas acho que ter uma vida completa, social e emocional, é muito importante. Os bons alunos também precisam muito dessa parte."

Habitante de Coruche, frequentou a respectiva escola secundária, onde se envolveu na associação de estudantes, fez teatro, desporto - de natação a aeróbica - ou seja, tudo aquilo a que considerou ter direito. De todas as disciplinas em que lhe foi atribuída nota máxima no 12º ano, escolheu o Português com tema para se candidatar ao prémio Padre António Vieira da Academia de Ciências de Lisboa, escrevendo um texto sobre "a importância da língua e a forma como está relacionada com a vocação". A vocação é, no caso, medicina - o curso que escolheu e cujo primeiro ano experimenta, na Faculdade de Medicina de Lisboa.

Coincidência, foi o mesmo curso, embora noutra faculdade, que Lígia, vencedora do prémio Pedro Nunes, escolheu. Natural de Lamego, a Matemática é o seu território - "Desde miúda, quando estava a estudar outra coisa qualquer estava sempre a pensar que me apetecia era fazer exercícios." Escolheu ser médica tarde ("Confesso, não foi uma daquelas 'vocações' de infância, fui-me apaixonando.") e assume "pensar pouco no futuro". Ao ponto de, quando se lhe pergunta que sonhos tem por realizar (por exemplo, como vai aplicar os cinco mil euros do prémio ), hesitar, rir: "Assim de repente... Não sei. Talvez uma megavolta ao mundo. Ambição agora é tirar o meu curso. E sem pensar muito no tempo que vai levar, senão ficava já maluca. Sou sincera: nunca fui de planear muito o que vou ser."

A viver no Porto com o irmão mais velho, estudante de engenharia física, num apartamento que os pais, uma educadora de infância e um assistente administrativo, compraram para o efeito, Lígia sente a responsabilidade de estar à altura do "voto de confiança" e do "grande investimento" dos pais mas tem saudades deles e e dos amigos, e do ambiente familiar de Lamego e da escola. "Passei de uma cidade pequena em que toda a gente se conhecia para uma tão grande… E entrei numa faculdade em que os professores são mais distantes."

A interactividade e familiaridade são, aliás, dois dos factores que cita como estando na base da sua boa relação com a escola. Que começou muito cedo, no pré-escolar: Lígia frequentou o infantário onde a mãe trabalha. "Nunca pensei na escola como uma pessoa a explicar e as outras a ouvirem. Tive sempre muita sorte com os professores, era tudo muito interactivo. E sinto que isso teve muita importância no chegar onde cheguei. Isso e o apoio emocional dos meus pais, sempre muito presentes."

Para estudar, Lígia gosta de barulho: "Não consigo em silêncio completo. Tenho a mania de estudar à frente da TV. Gosto de séries, vou deitando um olhinho..." Em flagrante contraste com Teresa, outra deslocada (está a viver em Lisboa num apartamento partilhado com dois amigos, um de Farmácia e outra a estudar para técnica de medicina nuclear) que é adepta do sossego radical. "Estudo em silêncio, só eu, os meus livros e os meus pensamentos. Faço-o em pequenos períodos, muito concentrada. Nunca estudo um dia todo, aliás nunca estudo mais de duas horas de cada vez, e não todos os dias. E falo sozinha". Fala sozinha?! "Sim, falo. Para mim tudo é com base na oralidade. Leio, falo, faço esquemas... Falo muito - estudar para mim é isso."

Nem agora, que sente que num semestre dá "tanta matéria como no secundário todo", Teresa estuda todos os dias. "Para se aprender bem não é necessário. Acho as aulas essenciais, e perguntar sempre até perceber. Sem perceber as coisas, não é possível fixá-las." Filha única de uma professora de educação especial e de um funcionário público, nunca estudou com os pais. "A minha mãe, ao princípio, só via o resultado dos trabalhos de casa e se uma conta estivesse mal feita dizia para eu repetir. De resto, deixaram-me criar o meu próprio método, o meu ritmo." E, ao contrario de Lígia, que diz gostar muito de museus mas estar ainda à espera que o irmão a leve a Serralves como prometeu, Teresa usufrui plenamente da cidade grande. "Saio à noite de vez em quando: vou ao Bairro [Alto] e a Santos. E vou imenso ao cinema. É ao lado de casa..."

Nas saídas nocturnas, Teresa já se terá cruzado com o terceiro membro dos magníficos, Pedro que começa logo por certificar: "Não gosto de ser conhecido como 'o bom aluno'. É uma coisa que nos transforma em freaks, nunca me vi como o típico marrão e nunca me privei de nada. Alguns amigos que não participavam do ambiente escolar, quando souberam do prémio ficaram muito surpreendidos, surgiram até várias piadas, do género 'E se aparecessem umas fotos tuas à noite no Bairro?' A ver se a imagem não fica muito tipificada. Aliás, se tivesse de me definir não me definiria como um bom aluno - sou um curioso. Claro que sempre tive preocupação, sim - sempre ia acompanhando as aulas. E nunca estudei na véspera nem nunca usei uma cábula - sempre tentei ter muita integridade."

Uma torrente, o Pedro, prémio Alexandre Herculano com um ensaio sobre História. Discurso cuidado, palavras "difíceis", e a evidência de um pensar vivo, comunicativo, feliz. "Sempre gostei muito da cultura da palavra, sempre cultivei muito isso. É um exercício, desde miúdo que as pessoas ficam surpreendidas. Tenho uma quase obsessão pela originalidade e sempre tentei ter uma linguagem própria. Tento sempre é que as pessoas não pensem que é pretensiosismo - tento gesticular muito e sorrir." Filho de uma professora de Geografia e de um juiz desembargador, residente em Carcavelos, Pedro estudou nos Salesianos de Manique, uma escola privada com protocolo estatal "na qual não se paga" e que considera um exemplo. "Une o melhor de dois mundos. É uma escola de missão, um projecto educativo de muita proximidade." Catequista durante algum tempo, Pedro acabaria por passar por "uma secessão": "Fui percebendo que aquilo em que eu acreditava não fazia diferença em relação aos meus valores e à maneira como vivia. Foi um período muito complicado para mim, porque tentei sempre viver as coisas com muita honestidade." A honestidade que o terá impedido de, presidente da Associação de Estudantes, e claramente com ambições políticas - está a tirar Direito na Universidade Nova de Lisboa e tem como "objectivos mais idílicos o direito internacional, comunitário, a política" - filiar-se num partido: "Achei que podia conspurcar a minha construção de perspectivas."

A construção de perspectivas, pois: se calhar é a consciência disso que faz Pedro, Lígia e Teresa diferentes. Afinal, de comum só têm, além de mães ligadas ao ensino e de pais interessados e encorajadores, vontade de saber. Curiosidade, como diz o Pedro. Sabe-se lá o quê, pensam a Lígia e a Teresa, e ele resume: "Nunca tive uma negativa, mas lembro-me de alguns anos chegar ao fim do ano e pensar 'como é que fiz isto?'"

Fonte: Diário de Notícias

quarta-feira, 24 de março de 2010

Taça de Portugal de XCM # 1 - Pousos, Leiria

Domingo, 21 de Março de 2010, a Maratona do Centro, muito bem organizada pela AIRBIKE, com partida e chegada em Pousos, Leiria, foi a primeira prova da Taça de Portugal de XCM de 2010.

O percurso - tal como eu gosto -, era difícil e um permanente desafio às minhas capacidades física e técnica do momento, tal era a quantidade e extensão de troços com pedra e lama.

O sobe-desce foi constante em plena Serra de Aire, proporcionando momentos de grande fadiga, mas também de grande prazer, tendo em conta a beleza natural de algumas zonas rasgadas pelo percurso da prova.
A foto seguinte engana; a moça da máquina fotográfica é muito simpática e fingi que aquilo não estava a custar nada, vai daí um sorriso forçado por breves instantes.


Momentos houve em que as gostas de suor a cair do nariz, ficavam quase de imediato coladas ao guiador; ou isso ou a frente da bicicleta levantava com tamanha percentagem de inclinação de algumas das rampas.


Final da prova e tripla satisfação: um grande treino; não caí; conclui o desafio.

Dados da prova:
1. Distância: 74.11 Quilómetros;
2. Duração: 4:27:14;
3. Média horária: 16.6 Km/H
4. Subida acumulada: 1971 metros;
5. Classificação final: 118º lugar absoluto em 276 participantes na linha de meta.

sábado, 20 de março de 2010

Não importa a morte... o 'prof' até era louco!

Autor: Ricardo Miguel Vasconcelos

"Segundo os jornais 'Público' e 'i', o professor de Música que se suicidou a 9 de Fevereiro deste ano, parou o carro na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, e atirou-se ao rio Tejo. No seu computador pessoal, noticiam os dois diários, deixou um texto que afirmava: 'Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio', disse o licenciado em Sociologia.

O 'i' coloca o 9B no centro deste caso, escrevendo que os problemas do malogrado professor tinham como foco insultos dentro da sala de aula, situações essas que motivaram sete participações à direcção da escola, que em nada resultaram.
E à boa maneira portuguesa, lá veio o director regional de Educação de Lisboa desejar que o inquérito instaurado na escola de Fitares esclareça este caso. Mas também à boa maneira deste país, adiantou que o docente tinha uma 'fragilidade psicológica há muito tempo'.

Só entendo estas afirmações num país que, constantemente, quer enveredar pelo caminho mais fácil, desculpando os culpados e deixar a defesa para aqueles que, infelizmente, já não se podem defender.

É assim tão lógico pensarmos que este senhor professor, por ter a tal fragilidade psicológica, não precisaria de algo mais do que um simples ignorar dos sete processos instaurados àquela turma e que em nada deram? Pois é. O 'prof' era maluco, não era? Por isso, está tudo explicado.

A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), à boa maneira portuguesa, colocou psicólogos na tal turma com medo que haja um sentimento de culpa. E não deveria haver? Não há aqui ninguém responsável pela morte deste professor? Pois é, era maluco, não era?

José Joaquim Leitão afirmou que os meninos e meninas desta turma devem ser objecto de preocupação para que não haja traumas no futuro. 'Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Trata-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar pela negativa', afirmou.

Toca a tomar conta dos meninos e meninas porque não pode haver um sentimento de culpa. É verdade! O 'prof' era louco, não era?

Não estou a dizer que haja aqui uma clara relação causa-efeito. Mas alguma coisa deve haver. Existem documentos para analisar, pessoas a interrogar, algumas responsabilidades a apurar. Por isso, neste 'timing', a reacção da DREL é desequilibrada. Só quem não trabalha numa escola ou não lida com o ambiente escolar pode achar estranho (colocando de lado a questão do suicídio em si) que um professor não ande bem da cabeça pelos problemas vividos dentro da sala de aula em tantas escolas deste país.

Não se pode bater nos meninos, não é? Os castigos resultantes dos processos disciplinares instaurados aos infractores resultam sempre numa medida pedagógica, não é? Os papás têm sempre múltiplas oportunidades para defenderem os meninos que não se portaram tão bem, não é? É normal um aluno bater no professor, não é? É normal insultar um auxiliar, não é? É normal pegar fogo à sala de aula ou pontapear os cacifes, não é? É normal levar uma navalha para o recreio, não é? É também normal roubar dois ou três telemóveis no balneário, não é? E também é normal os professores andarem com a cabeça num 'oito' por não se sentirem protegidos por uma ideia pedagógica de que os alunos são o centro de tudo, têm quase sempre razão, que a vida familiar deles justifica tudo, inclusive atitudes violentas sobre os colegas a que agora os entendidos dão o nome de 'bullying'?

De que valem as obras nas escolas, os 'Magalhães', a educação sexual, a internet gratuita ou os apelos de regresso à escola, uma espécie de parábola do 'Filho Pródigo' do Evangelho de São Lucas (cap.15), se as questões disciplinares continuam a ser geridas de forma arcaica, com estilo progressista, passando impunes os infractores?

Só quem anda longe do meio escolar é que ficou surpreendido com o suicídio do pequeno Leandro ou com o voo picado para o Tejo do professor de Música. Nas escolas, antigamente, preveniam-se as causas. Hoje, lamentam-se, com lágrimas de crocodilo, os efeitos. O professor era louco, não era? Tinha uma clara fragilidade psicológica, não tinha? Pobre senhor. Se calhar teve o azar de ter que ganhar a vida a dar aulas e não conheceu a sorte daqueles que a ganham a ditar leis do alto da sua poltrona que, em nada, se adequam à realidade das escolas de hoje."

quarta-feira, 17 de março de 2010

A SUPERESCOLA ou o retrato da escola portuguesa

Onde estão as melhores escolas do mundo?

Claro! Está certo! Em... Portugal.

Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7º ano de escolaridade, ou seja, ensino básico.

Ah, é verdade, ensino básico é para toda a gente, melhor dizendo, para os filhos de toda a gente!

DISCIPLINAS / ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES:

1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I - Inglês
4. Língua Estrangeira II - Francês
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Educação Tecnológica
12. Educação Moral R.C.
13. Estudo Acompanhado
14. Área Projecto
15. Formação Cívica

É ISSO - CONTARAM BEM - SÃO 15!!

Carga horária = 36 tempos lectivos

Não é o máximo ensinar isto tudo aos filhos de toda esta gente?

De todo o Portugal?

Somos demais, mesmo bons!

MAS NÃO FICAMOS POR AQUI!!!!

A Escola ainda:

Integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência,apesar de os professores não terem formação para isso;

Integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de toda a espécie e feitio, apesar de os professores não terem formação para isso;

Não pode esquecer os outros alunos, 'atestado-médico-excluídos' que também têm enormes dificuldades de aprendizagem;

Integra alunos oriundos de outros países que, a maioria das vezes, não falam um cu de Português, ou melhor, nem sequer sabem o que quer dizer cu;

Tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos, como:

* Currículos Alternativos

* Percursos Escolares Próprios

* Percursos Curriculares Alternativos

* Cursos de Educação e Formação

MAS AINDA HÁ MAIS...

A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos mais variados domínios:

* Educação sexual
* Prevenção rodoviária
* Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares,etc.
* Preservação do meio ambiente
* Prevenção da toxicodependência
* Etc, etc...

Perdoem-me a pergunta: em Portugal são todos órfãos?
(possível interpelação do Ministro da Educação da Finlândia)

Só se encontra mesmo um único defeito: os professores.

Uma cambada de selvagens e incompetentes, que não merece o que ganha, trabalha poucas horas (Comparem com os alunos! Vá! Vá!Comparem!!!)

Têm muitas férias, faltam muito, passam a vida a faltar ao respeito e a agredir os pobres dos alunos, coitados!

Vejam bem que os professores chegam ao cúmulo de exigir aos alunos que tragam todos os dias o material para as aulas, que façam trabalhos de casa, que estejam atentos e calados na sala de aula, etc. ... e depois ainda ficam aborrecidos por os alunos lhes faltarem ao respeito!

Olha que há cada uma!

COM FRANQUEZA!!!

Vale a pena divulgar ao maior número de pessoas (de preferência não professores) para que uma visão mais realista se comece a sedimentar.

É bom que as pessoas percebam que ter filhos acarreta muita responsabilidade - não é só a de os alimentar, vestir, comprar telemóveis, mp3, pc, como também, e principalmente EDUCÁ-LOS!!!!!

domingo, 14 de março de 2010

O Duatlo do Cadaval de 2004, foi o meu último Duatlo em estrada, antes de um interregno de 5 anos neste tipo de provas. No Domingo, 14 de Março de 2010, voltei à vizinha Vila do Cadaval para competir nos Campeonatos Nacionais de Grupos de Idade, no meu caso, no Grupo de Idade dos 35 aos 39 anos.

O Duatlo e o Triatlo em Portugal, felizmente, em número de participantes, começa a assemelhar-se às (bem organizadas) 1/2 Maratonas e Maratonas em BTT ou provas de Atletismo em estrada, tal a quantidade de entusiastas de uma faixa etária muito alargada a alinhar na partida e a concluir as várias distâncias colocadas aos dispor daqueles, pelas organizações locais e pela Federação de Triatlo e Portugal.

No caso concreto desta competição, para além da Prova de Lazer e Campeonato Nacional de Juvenis, disputada em distâncias mais curtas, as várias centenas de participantes na prova principal, realizam 6000m de corrida (3 voltas) num constante sobe-desce, seguido de 22000 m de ciclismo (2 voltas), onde apenas o vento e a subidita em Adão Lobo obrigava a maior esforço e, para terminar, 2000m (1 volta) ao "carrosel" do percurso pedestre.

Quanto ao meu desempenho na prova, não faz sentido justificar o injustificável; há muita boa gente a treinar bem e a competir melhor que eu. Fiz o que pude e até fiquei com as "canalizações" praticamente limpas, tal foi a intensidade do esforço realizado.

Objectivamente, os tempos e resultados foram os seguintes:
- 1ª Corrida - 22'37" (81º)
- Ciclismo - 38'36" (49º)
- 2ª Corrida - 7'56" (60º)
- Tempo final - 1h 09' 10"
- Classificação final - 54º da geral (284 participantes na linha de meta) e 6º no grupo de idade 35-39 anos.

Desta vez não há fotos; ninguém está para estragar máquinas caríssimas a tirar fotos a um indivíduo com meias até ao joelho e quase a perder com a primeira senhora.

Mais informações no sítio do costume:

Federação de Triatlo de Portugal

Nota final: MUITO OBRIGADO ao patrão do Triatlo em Portugal por permitir que eu volte a sofrer em competições :-)

quinta-feira, 11 de março de 2010

A indisciplina nas Escolas (vista por Fernando Savater, filósofo)

Especialistas reunidos em Espanha afirmam que o "aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar"

Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.

Os participantes no encontro "Família e Escola: um espaço de convivência", dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.

"As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.

"As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa", sublinhou.

Para Savater, os pais continuam "a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores".

No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os", acusa.

"O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar", sublinha.

"Há professores que são vítimas nas mãos dos alunos".

Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que "ao pagar uma escola" deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão "psicologicamente esgotados" e que se transformam "em autênticas vítimas nas mãos dos alunos".

A liberdade, afirma, "exige uma componente de disciplina" que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.

"A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara", afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, "uma oportunidade e um privilégio".

"Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina", frisa Fernando Savater.

Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que "têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos".

"Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia", afirmou.

Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.

No entanto, como alternativa à palmada, o filósofo recomenda "a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres".
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Comentário pessoal

Felizmente, existem cada vez mais figuras públicas que pensam, verbalizam e escrevem tudo aquilo que nós, educadores e professores, insistentemente temos apontado como errado no Sistema de Ensino(?) Português.

Infelizmente, o Governo, alguma comunicação social e boa parte dos Pais e Encarregados de Educação, acusam esses mesmos educadores e professores de apenas exigirem direitos e privilégios e de não quererem trabalhar. Para aqueles, é tão claro e tão óbvio que o mais importante, não é a educação e a formação do aluno, mas sim, os certificados que atestam, em teoria, a aquisição/frequência de um determinado nível de ensino e respectivas competências, e na prática, uma percentagem significativa dos alunos o que adquire é um elevado nível de...burrice. A culpa não é dos alunos, é de quem permitiu esta degradação da Educação(?) em Portugal.

Como refere Savater "A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara", e a nós Portugueses, nas próximas décadas, vai sair-nos muito caro.

Mas sejamos honestos e optimistas: as estatísticas sobre o aumento da escolaridade em Portugal estão a ficar bonitas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

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sexta-feira, 5 de março de 2010

Especialista em obesidade infantil defende comida saudável grátis nas escolas

Nicholas Freudenberg

05.03.2010 - 18:35 Por Lusa

Um especialista norte-americano em obesidade infantil defendeu hoje a criação de programas de alimentação saudável grátis para crianças em idade escolar e aconselha os municípios a afastarem os restaurantes de ‘fast food’ das escolas.
O especialista defende que os restaurantes de "fast food" fiquem longe das escolas (Rui Gaudêncio)

Nicholas Freudenberg, professor de saúde pública na universidade de Nova Iorque, participou hoje num debate sobre “As autarquias e a promoção da saúde”, durante o qual defendeu a mobilização dos municípios no combate à obesidade infantil e promoção de hábitos de vida saudáveis nas comunidades, por serem “autoridades com grande impacto na vida quotidiana dos habitantes”.

Freudenberg considerou a agressividade da indústria que promove o "fast food" e a alimentação pouco saudável como uma das grandes responsáveis pela obesidade infantil.

“São precisas políticas que façam a diferença. Se limitámos a publicidade sobre o tabaco, também deveríamos limitar a publicidade acerca da comida pouco saudável”, disse.

O especialista estudou particularmente os casos de Londres e Nova Iorque, onde “as empresas de comida rápida estão concentradas à volta das escolas” e destaca que, para as crianças comerem melhor, “tem de ser mais fácil encontrar comida saudável do que pouco saudável”.

Considerando que em Portugal duas em cada cinco crianças são obesas ou têm excesso de peso no final da escola primária, Freudenberg recomenda aos municípios que “condicionem o acesso à ‘fast food’ e restaurantes pouco saudáveis, limitando-os a uma determinada zona da cidade e, sobretudo, afastando-os de escolas”.

Para Nicholas Freudenberg, o exemplo a aplicar nas escolas vem de Londres, onde o município criou “um programa de refeições escolares saudáveis, grátis para todos, saborosas e nutritivas”.

Na falta de programas como este, chegam gestos simples: “por exemplo, em vez das máquinas de refrigerantes basta ter distribuidores de água grátis à disposição”, afirmou.

Feudenberg sugere ainda a adoção, em escolas e restaurantes, de “limites de calorias, sal e gordura”.

“Em Nova Iorque, nenhum restaurante pode apresentar uma ementa que ultrapasse um determinado nível de gordura”, exemplificou.

O especialista aconselha também os municípios a promoverem a agricultura urbana, através da criação de espaços para hortas, e a construção de ciclovias e espaços verdes, onde as pessoas possam ser fisicamente activas.

Na sessão, promovida pelo Instituto Nacional Ricardo Jorge e pela Escola Nacional de Saúde Pública, foi ainda apresentado um estudo que revela que os municípios consideram importante a sua participação na promoção da saúde dos seus cidadãos, mas destacam que para desenvolverem a saúde local precisam de mais dinheiro e de recursos humanos.
Fonte: PÚBLICO

quarta-feira, 3 de março de 2010

5ª Rota do Falcão - Vila Chã de Ourique


No Domingo, 28 de Fevereiro, fiz o meu habitual treino semanal de ciclismo. Desta vez, para fugir à rotina, o treino não foi longo (quilómetros e duração), em estrada e a solo. Optei então por ir participar no Raid BTT 5ª Rota do Falcão em Vila Chã de Ourique. Bom, a brincadeira foi tudo menos seca e fácil, e falcões não vi nenhum - talvez fosse da lama nos olhos ou então porque nos últimos tempos têm-se visto mais as Águias -, mas pelo menos pedalei quase sempre acompanhado, até ao momento em que a corrente prendeu entre dois pratos e, mais tarde, quando o "homem da marreta" me ia acertando na tola, numa fase em que já me estava a faltar o pitrol no depósito. Meti mais uma guloseimas no estômago e lá segui ate ao final da actividade - muito bem organizada por sinal -, até encontrar uns belos pães com chouriço, sumos e fruta na linha de meta e que bem me souberam. Duche tomado e tudo molhado, enlameado e mal cheiroso mas arrumadinho, lá fui almoçar com um amigo mais conhecido pelo "Monstro do Arroz Doce". E que almoço: a bela da feijoada e um tinto regional. Pois claro que bebo um copito, então se é um produto nacional, os Srs. drs recomendam com moderação e é um poderoso antioxidante - eu não quero ficar com a pele feia e envelhecer demasiado cedo -, tenho que beber a minha parte antes que alguém a beba por mim e assim contribuir para a economia nacional.

Em termos de baixo rendimento desportivo, lá fiz os 77Kms em 4:22:55 à média de 17.6 Km/H, concluindo o treino em 5º lugar da geral.

Cá está o "boneco" do treino

Parabéns ao outro "velho" da equipa DINAZOO/DROSSIGER/CLUBE DO MATO - o Mário Frazão -, tendo-se classificado em 3º lugar da geral na prova de 80 kms.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Lisboa Long Distance International Triathlon 2010

A inscrição está formalizada e paga, tenho todo o material desportivo essencial, o plano nutricional antes, durante e após a prova não me reserva grandes dúvidas, mas falta-me o essencial: TREINAR.


Informação detalhada em: Lisboa Long Distance International Triathlon