domingo, 31 de janeiro de 2010

Dúvidas e desabafos, Lda

Antes de começar, convém deixar claro o seguinte: quem ler esta mensagem até ao fim, além de ficar saturado, ficará a conhecer-me um pouco melhor. Que se lixe; nunca gostei de brincar às escondidas com o que penso, nem com o que sinto.
Tenho que admitir: hoje falhei sem margem para justificações. Durante 2-3 semanas preparei uma actividade simples e informal em conjunto com um grupo de pessoas e destinada a convidados. Até ao dia da realização da actividade, acertei detalhes, fiz vários telefonemas para garantir apoios, elaborei o programa detalhado, enviei emails-convite para dezenas de destinatários, divulguei a actividade num blogue e em vários órgãos de comunicação social local e regional. Mas, bolas!, sou um ser humano e ao olhar para o relógio, na manhã da actividade, constatei que estava atrasado e de imediato telefonei a tentar justificar um erro...injustificável. Despachei-me e desloquei-me o mais rapidamente possível para evitar que o atraso se avolumasse. Chegado ao local da actividade, 15 minutos atrasado em relação ao horário de partida que eu próprio estabeleci, só me restava uma estratégia para a recepção que me esperava: "a fuga em frente", como quem diz, brincar com a situação e responder criativamente e com um grande sorriso às sucessivas reclamações. Foi um preço justo a pagar pelo meu desmazelo. No entanto, ninguém mais do que eu ficou aborrecido por ter falhado um compromisso? Pergunto, ainda assim: a actividade não se faria sem mim? Eu acho que sim! Mas seria a mesma coisa? Não sei, quem esperou por mim é que poderá responder, se quiser.

Este acontecimento, por si só, amanhã já não tem muito interesse. Contudo, depois de reflectir calmamente sobre este episódio, no erro cometido e nas suas consequências, emergiram novas interrogações: será que ouvi alguém perguntar se o atraso se devia a algum problema de saúde - meu ou de um familiar -, ou dificuldades com o meio de transporte no qual me desloquei? Será que ouvi alguém tecer algum elogio ao trabalho que esteve por detrás de uma simples actividade informal? Ou estou mesmo a ouvir mal ou, de facto, não ouvi nenhuma destas perguntas, porque, provavelmente, todos partiram do pressuposto que o atraso se devia a...erro humano e vá de aproveitar a situação, que até nem é nada frequente, e muito menos uma forma de estar.

Partindo para o nível seguinte desta reflexão, ao contrário de outras pessoas que têm capacidades - muitas das quais bem acima das minhas -, mas não querem colocá-las em prática, seja por receio ou comodismo, sempre assumi publicamente as minhas opiniões, as minhas ideias, os meus projectos, quer tenham resultados positivos ou negativos e, em consequência dessa postura, fui, sou e serei bastante penalizado das mais diversas formas. Não, não estou a vitimizar-me. Estou a expor a realidade. Elogios, esses também os há, mas em Portugal são mito caros e raros. Como seria de esperar, sou mais fácil e frequentemente apelidado e rotulado de arrogante, convencido, rebelde, revoltoso e até - este adjectivo achei muito glamoroso -, professor superstar. Lindo! Só me falta chamarem à minha frente de f_ _ _ _ da _ _ _ _ , mas aí as consequências seriam outras...

Bom, começo a ficar farto e, provavelmente, mais cedo do que o previsto direi: "BASTA! ACABOU!".

Longe de mim pensar que as pessoas e as causas onde estou envolvido não me merecem. Não tenho essas aspirações e estaria a ser muito mais arrogante do que aquilo que me pintam por aí. É simplesmente pelo facto de sentir que as minhas acções, por muito bem intencionadas e esforçadas que sejam, nunca correspondem na totalidade às expectativas dos destinatários, com a agravante de, no trajecto, ainda existirem tentativas de distorção e de impedimento para o sucesso de cada uma das acções desenvolvidas.

Mas ao cessar com uma parte substancial das minhas acções, já tenho 3 certezas:

1. Trabalharei preferencialmente para obter uma compensação material, como é lógico;

2. Trabalho sem compensação material, será quando eu quiser, sem pressões e sem qualquer tipo de compromissos para com terceiros;

3. O que eu não fizer, alguém irá fazer por mim, o que me conduz a uma máxima adequada a este assunto: ninguém é insubstituível. Ainda bem, eu quero é que me substituam. Talvez dessa forma compreendam melhor por que motivo escrevi esta longa e chata mensagem.

Estarei (sempre) a exagerar?

Estarei (sempre) a levar tudo a sério?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Números especiais

Há dias assim! Não formulei qualquer pedido especial, não obstante, nas 3 Horas de Resistência em BTT de S.Mamede, a organização permitu-me ter o privilégio de circular com um frontal muito desejado e que deixa muito boa gente com um sorriso brejeiro. Volta após volta, o esforço lá se fazia notar cada vez com maior intensidade, mas de cada vez que passava no posto de controlo junto à meta, foi sempre um prazer ouvir o membro da organização gritar alto e bom som o número do meu frontal :-)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Hoje, Domingo, 24 de Janeiro, foi a minha estreia em competições na época de 2010, bem como da equipa de BTT Dinazoo/Drossiger/Clube do Mato, com a participação nas 3 Horas de Resistência em BTT, em Lapa Furada, S.Mamede, Batalha.

Penso que tive um desempenho interessante, sobretudo se tiver em conta os poucos e curtos treinos de ciclismo dos últimos meses e assim, num percurso bastante técnico e com constante sobe e desce, eu e os colegas de equipa terminámos todos com 9 voltas - cada volta tinha 5800 metros de perímetro -, concluindo a competição nas seguintes posições da classificação geral:

- René Caseiro, 7º lugar, 5º Veterano A;

- Pedro Pinheiro, 11º lugar, 6º Veterano A;

- Ângelo Costa, 12º lugar, 7º Veterano A.

Prevejo que a próxima competição será o Duatlo BTT das Lezírias, no dia 7 de Fevereiro, competição esta que irá marcará o meu regresso às competições de Duatlo e Triatlo como atleta filiado pelo Clube de Triatlo do Oeste - Tri-Oeste, na Federação de Triatlo de Portugal.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Teria que pesquisar aprofundadamente nos meus registos de treino, para confirmar quando foi a última vez em que treinei as três modalidades (Natação, Ciclismo e Atletismo), no mesmo dia útil da semana e num período de conjugação com as tarefas familiares e o trabalho. Na verdade, excluindo o treino de Ciclismo, as restantes sessões foram curtas e sem grande intensidade. Mas o que me deixa mais satisfeito é o facto de ter planeado o dia de hoje e ter chegado ao final do mesmo, com a sensação de dever cumprido. Aliás, já estou a sentir no corpo e na mente a consequente fadiga de uma jornada bem preenchida. Acontecimentos como o de hoje, obrigam-me a olhar para a época desportiva com uma perspectiva, sensações e ambição muito positivas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Desde que iniciei o meu regresso aos treinos regulares com vista à participação em provas de Triatlo e Duatlo, a minha motivação descreveu uma curva ascendente, até ter estabilizado e atingindo um estado de consistência interessante, tendo em conta os 3 meses e meio de treino registados. Mas hoje, devido a uma conjugação de acontecimentos positivos com origem em diversas áreas da minha vida, a minha motivação encontra-se neste momento um patamar acima daquele em que se situava ontem.

Obrigado a todos os que contribuiram para este renovado estado psicológico!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Equipa de BTT Dinazoo/Drossiger/Clube do Mato 2010


Serve a presente mensagem para informar que a Equipa de BTT Dinazoo/Drossiger/Clube do Mato, em 2010, terá a seguinte constituição:

1. Atletas
» Ângelo Costa (transita da época anterior);
» Cesário Filipe (ex-Roll Team de Alcobertas);
» José Azevedo (transita da época anterior);
» Mário Frazão (ex-Roll Team de Alcobertas);
» Pedro Pinheiro (transita da época anterior);
» René Caseiro (transita da época anterior);
» Valter Martins (transita da época anterior).

2. Director Desportivo
João Barra

3. Médico
Dr. Rui Miguel Costa Silva

4. Treinador
Davide Oliveira

Por certo, mesmo como atletas amadores que somos, tudo faremos para que, com o nosso esforço individual se represente e se obtenham resultados desportivos condignos, os quais orgulhem o Clube do Mato, o Concelho de Rio Maior e todos os patrocinadores e individualidades que nos apoiam.


Blogue da equipa: http://clubedomatobtt.blogspot.com/

domingo, 10 de janeiro de 2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Época Desportiva de 2010 - Principais objectivos

Para 2010 está marcado o meu regresso à prática regular de Triatlo e Duatlo, aliás a minha preparação já foi iniciada em Outubro de 2009. Após 5 anos de afastamento forçado, mas da minha responsabilidade, as minhas rotinas de treinos há muito que se alteraram, de modo a testar as várias hipóteses que melhor se adaptem à minha vida profissional e familiar.
Semanalmente, em traços gerais planeio - e tento cumprir -, 3 sessões de treino de Natação (2 sessões com curtas duração e uma sessão com média/longa duração), 3-4 sessões de treino de Ciclismo (2 sessões com curta duração, 1 sessão com média duração e 1 sessão com longa duração) e 3-4 sessões de treino de Atletismo (1 sessão com curta duração, 2 sessões com média duração e 1 sessão com longa duração). Até agora, não tenho incumprido...muito.

E para um triatleta amador, como é o meu caso, treinar para quê?
Porque quem não tem objectivos na vida, não importa de que tipo e desde que não prejudique os outros, não vive a vida na sua plenitude.
Por isso, em termos desportivos, os meus objectivos são:
1. No Ciclismo em BTT, classificar-me entre os 20 primeiros lugares da classificação geral;
2. No Ciclismo em Estrada, classificar-me entre os 10 primeiros lugares da classificação geral; 3. No Duatlo, classificar-me entre os 15 primeiros lugares da classificação geral;
4. No Triatlo:
- Distância Sprint, classificar-me entre os 30 primeiros lugares da classificação geral;
- Distância Olímpica, classificar-me entre os 25 primeiros lugares da classificação geral;
- Distância Média/Longa, classificar-me entre os 10 primeiros lugares da classificação geral;
- Principal objectivo da época: Challenge Roth 2010 (distância Ironman: 3,8 km de Natação, 180 km de Ciclismo, 42,2 de Atletismo), concluir o desafio em menos de 9 horas e 30 minutos.
Quanto à quantidade e tipo de competição, tenho previsto o seguinte:
- Triatlo: 10 competições;
- Duatlo: 5 competições;
- Ciclismo - BTT: 8 competições;
- Ciclismo - Estrada: 8 competições;
- Total: 31 competições.
Penso que, caso não me desmotive e desde que não surja nenhum contra-tempo (lesão desportiva, problema familiar, etc), estes objectivos são realistas. Daqui por um ano, concluirei se foram realizados, ou não.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Eu já meditei. E você?

O texto não é recente, mas continua(rá) muito actualizado.
“Precisa-se de matéria prima para construir um País”

Eduardo Prado Coelho (1944 - 2007) - in Público

«A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.

E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos… e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

- Onde a falta de pontualidade é um hábito;

- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.

- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.

- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é ‘muito chato ter que ler’) e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.

- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser ‘compradas’, sem se fazer qualquer exame.

- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.

- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.

- Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como ‘matéria prima’ de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa ‘CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA’ congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte…

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada…

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa ?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa ‘outra coisa’ não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados… igualmente abusados !

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda…

Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.

Está muito claro… Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO. »

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Balanço da época desportiva de 2009 - Volumes e Médias dos Registos de Treino

Após algumas horas de trabalho com papeis, calculadora e computador entre-mãos, eis o resultado final:
O único comentário que deixo é: em 2010 quero fazer bem mais e melhor!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Divulgação

Caro visitante,

Há um ano atrás criei o blogue Saldos Desportivos, única e exclusivamente com o propósito de promover e divulgar equipamento e material desportivo usado. Sim, usado, mas em bom estado! De tal forma que permita a quem venha adquirir qualquer artigo, a sua utilização para o fim a que foi destinado.

Portanto, se encontrar algo que lhe agrade, poderá contactar-me via e-mail saldosdesportivos@gmail.com e receber informações adicionais sobre o artigo em causa.

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